Depois de um ponto prévio sobre as relações entre clube e comunicação social e de um extenso el
ogio ao director-geral demissionário, que se despediu de plantel e restante estrutura profisional esta tarde, Luís Filipe Vieira anunciou o desfecho da crise.
"Pensei ainda hoje demover o sr. José Veiga, mas a posição dele é irredutível, enquanto tiver este problema. É irreversível a posição do sr. Veiga: pediu a demissão do cargo, a SAD, após tanta insistência, não poderia fazer outra coisa que não aceitar, e espera contar muito brevemente em sua casa com o sr. José Veiga, um grande profissional".
"O seu pedido de demissão vai no sentido de querer estar disponível para tratar dos seus problemas, proteger o Benfica e o grupo de trabalho, pois os jogadores viram as imagens: a TVI prestou um péssimo serviço ao País, o foi confirmado que pelas mensagens que recebi", adiantou Vieira.
Avançando que "José Veiga não será substituído", e que a grande novidade é que "o presidente do SLB estará mais perto do futebol profissional, salientou a importância dos papéis na estrutura de Shéu e Lourenço Coelho, bem como dos capitães, a quem se mostrou disponível para prestar todo o apoio, em troca de "muito trabalho".
O desagrado pelo modo como a comunicação social tratou a situação pessoal de José Veiga, bem como a chamada de presidente e director-geral à Judiciária, marcou a conferência de imprensa do líder, em tom emocionado e veemente.
"Nós falamos quando queremos, e eu é que sou a voz do Benfica, não adianta telefonar para outros dirigentes", começou por dizer, para depois se centrar no caso que motivou a crise no futebol encarnado. "Aquilo que vimos há dois dias tem a ver com uma situação pessoal do sr. José Veiga. O que se passou é bastante lamentável. Os orgãos de comunicação devem informar, mas numa TV como a TVI, que teve acesso a alguma informação da vida privada do sr. Veiga, aquilo a que o país assistiu não foi informar: sofás, maples, sei lá, os plasmas, foi tudo tão deprimente, que a pessoa que deu autorização para passar as imagens, ou não tem família, ou não tem filhos", criticou Vieira, prosseguindo:"Como devem calcular, o sr. José Veiga tem famiília e 2 filhos.
O mais novo, com 12 anos, foi à escola no dia seguinte e o director chamou-o, ficando a ser acompanhado por uma pessoa. Toda a gente ficou a saber onde o sr. Veiga mora, e isso não é jornalismo, é achincalhar uma pessoa na praça pública: se calhar alguma boas pessoas neste país têm problemas pessoais e não tiveram este tratamento", desabafou líder encarnado.
A terminar, Luís Filipe Vieira voltou a instar a FPF e a Liga para que se constituam assistentes no processo apito Dourado, na linha das declarações sobre o dossier que alegadamente lhe chegou às mãos e do seu relacionamento com uma escuta telefónica, invocando o segredo de justiça para a impossibilidade de adiantar mais pormenores, nomeadamente sobre os alegados autores de uma campanha contra o Benfica.
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